Na região de Adams Morgam tem não um, mais vários restaurantes de comida etíope. Justifica-se: em Washington e arredores vivem mais 50.000 imigrantes vindos do país africano. Um restaurante etíope soa contraditório, algo como uma estação de esqui em Sergipe. Mas como um deles estava cheio e a viagem tem cunho exploratório, entramos.
A comida veio num balaio com o fundo coberto por um pão redondo. Nada de talheres, apenas mais alguns discos do mesmo pão foram trazidos para que pudésemos pegar as iguarias com a mão. Não sei se pão é o termo certo para a coisa. Tratra-se de uma massa mole, esponjosa, cinza e com um ligeiro odor acre. A coisa que mais se assemelha a ele é um pano de chão. Usado é claro. Nunca coloquei um pano de chão na boca, mas a sensação não deve ser muito diferente. De resto a comida até que não é má, os temperos lembram muito a culinária indiana. Mas precisamos recorrer ao prestimoso auxílio de uma garrafa de Cabernet da Califórnia para dar conta do recado e amenizar o sofrimento.
Para resolver o problema da desnutrição na Etiópia, esqueçam a Cruz Vermelha. Mandem os Padeiros Sem Fronteira.
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2 comentários:
Para falar a verdade preferiria a comida do Blu Café.Por aquí estamos em ritmo de semana santa e hoje tive que jantar no burguer pois como de costume o Blu fecha de segunda.
Um abraço fraterno para ambos.
Jantando com o inimigo, hein? Só perdôo porque você é frequentador do blog.
Saudações filadelfianas para usted e suas meninas! Abraço
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