À distância Atlantic City é deslumbrante, uma versão menor de Las Vegas – ou melhor, aquilo que eu imagino ser Las Vegas, já que ainda não chegamos lá. Os gigantescos edifícios, com seus luminosos coloridos deixam o céu incandescente. Se algum dia um avião se espatifar contra um prédio em Atlantic City, podem ter certeza que foi de propósito.
De perto a história é bem diferente. Fora dos cassinos reina um ambiente soturno e depressivo. A verdade é que Atlantic City foi um dia a praia preferida dos abastados até que, depois da Segunda Guerra, foi trocada por outros points. Em 1977, na tentativa de devolver-lhe os dias de glória, o estado aprovou a instalação dos cassinos. Nada como jogo, drogas e prostituição para trazer a alegria de volta a um balneário tristonho.
Os cassinos trouxeram sim os turistas, mas não quiseram dividí-los com a cidade. Fazem de tudo para que as pessoas não saiam às ruas. Dentro há lojas, restaurantes, bares e, obviamente, um imenso cassino. O Tropicana, por exemplo, se deu ao luxo de pintar seu teto de azul com nuvens brancas e iluminar de maneira que pareça sempre um fim de tarde. Quer dizer, nunca é tarde nem cedo demais para torrar seu rico dinheirinho.
É claro que sempre sobra uma rebarba para o restante do comércio e pequenos hotéis, mas não o suficiente para animá-los a fazer reformas e benfeitorias. Os cassinos são ilhas de diversão no meio do marasmo decadente, lascas de sabor no pão bolorento que é o resto da cidade.
Um comentário:
Amigos, vão a Las Vegas? Comprem com antecedência o ingresso para ver "Love" do Cirque de Soleil no The Mirage.
http://www.cirquedusoleil.com/CirqueDuSoleil/en/showstickets/love/intro/intro.htm?sa_campaign=internal_click/redirect/love
abs\ze
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