quarta-feira, 30 de maio de 2007

Cabeças Pensantes. Ou não.

O meu maior entusiasmo em conhecer a Filadelfia estava no fato de eu ter sido concebido e gestado lá, enquanto meu pai fazia seu doutorado e minha mãe assistia televisão. Quer dizer, a concepção em si certamente foi num momento de mais intimidade.Fui então à Universidade da Pensilvânia, onde meu pai estudou. Já que não deu para ver o local da minha pré-infância, meu ante-berço, pelo menos poderia conhecer onde metade do meu material genético foi produzido.

O bairro merece mesmo o nome de University City. Hospeda os campi tanto da U of Penn quanto da mais discreta Drexel, o que, além de ser uma oportunidade de mostrar que sei o plural de campus, dá ainda mais vigor ao ambiente acadêmico.

Quando se vê as universidades nos filmes americanos têm-se a impressão que são locais separados do resto da cidade. Não necessariamente. As da Filadelfia, por exemplo, estão totalmente inseridas no tecido urbano, sendo margeadas pela Market St., a principal rua da cidade. No passado o rio servia de separação, mas com o tempo a cidade cresceu e englobou tudo.

A Drexel é menor e menos importante academicamente. Em compensação seu símbolo é um dragão, o que é muito mais bacana do que o brasão da outra. Certamente suas festas são mais divertidas. Mas a estrela é a U of Penn, que juntamente com Yale, Harvard e outras escolas fazem parte da Ivy League, o supra sumo da elite universitária americana. Os prédios das escolas e residências estudantis se espalham por diversas quadras, permeadas por lindas praças e gramados.





E a livraria! Eu estudei na USP e as livrarias de lá eram simplórias. A da Drexel também é acanhada. Mas da U of Penn é uma Barnes & Nobles (uma cadeia de mega-livrarias) completa, com dezenas de milhares de títulos. Sessões especiais onde só há livros de professores da universidade. E um cantinho com os livros dos professores que já ganharam Nobel. É aquilo que nós vulgarmente chamamos de “primeiro mundo”.

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