terça-feira, 22 de maio de 2007

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Tal qual um supositório, entramos pelos fundos da Filadelfia. O problema não foi olfativo, e sim passar pelos detritos e rejeitos da cidade. A periferia oeste é uma vizinhança repleta de prédios abandonados, janelas lacradas por tábuas de madeira e móveis destruídos nas calçadas. Uma paisagem de vídeo clip de rap, aqueles que terminam com uma carnificina envolvendo turistas estrangeiros. Mas afora estar numa das mais violentas regiões dos EUA e correr o risco de voltar para o Brasil num pijama de madeira, não fiquei tão impressionado. É, sem dúvida, uma comunidade pobre. Mas uma pobreza de primeiro mundo, com casa, saneamento básico, fornecimento de energia, até automóvel. Nada de 15 pessoas dividindo um quarto em um barraco insalubre feito de caixa de papelão, roubando eletricidade da rede pública e crianças circulando por córregos onde não há ratos porque eles não aguentaram a sujeira.

O pobre brasileiro dá de dez no americano!

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