terça-feira, 8 de maio de 2007

É a logística, estúpido!

Voltamos para Filadelfia apenas para trocar de carro e rumar para o interior da Pensilvânia. Ainda no Brasil, nosso plano era comprar um carro usado e vendê-lo no final da jornada. Mas sem ter Social Security, o equivalente ao nosso CPF, fica difícil fazer seguro do veículo. Daí pensamos em alugar um carro para toda a vigem. Mas, como no início iríamos passar muitos dias em cidades grandes, ele iria se tornar mais um fardo do que uma benção. Trafegar nos grandes centros é complicado, os estacionamentos custam uma fortuna e as vagas são escassas. Ademais, toda cidade de porte possui excelente sistema de transporte público. Optamos, portanto, por alugueis esporádicos.

Nesta perna Pensilvaniesca, fomos agraciados com um Ford Focus branco, modelo taxi, novo em folha. Odiei. Vou confessar uma coisa: detesto cheiro de carro novo. Sei que vai soar como leve pederastia, mas é um aroma que me dá náuseas e dor de cabeça. Prefiro um carro usado, devidamente desodorizado. Deve ser resquício dos dias difíceis que meu povo passou. Sabe como é, mais fácil tirar a pessoa da pobreza do que tirar a pobreza da pessoa.

Como rota,optamos pelas estradas secundárias. As grandes rodovias são rápidas, eficientes, cheias de paradas completas, com postos de gasolinas, hotéis e cadeias de fast-food. Mas a paisagem é sempre a mesma, um panorama maçante, pasteurizado. Já nas vicinais passa-se por dentro das pequenas cidades e pelas áreas rurais, mais lento porém infinitamente mais enriquecedor. Em todos os aspectos, já que não há pedágios.

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