No último dia fomos até Hershey, cidade sede da fábrica de chocolate com o mesmo nome. A julgar pelos logradouros como Chocolate Road e Cocoa Avenue, restam poucas dúvidas sobre quem manda na cidade. A empresa é um símbolo nacional e criou uma estrutura de entretenimento gigantesca, no melhor padrão Disney: são parques aquáticos, de diversão, hotéis, um zoológico, shows de música, encenações teatrais e queima diária de fogos de artifício. Além disso existe a Cidade do Chocolate – a única atração que visitamos – parque temático que conta a história da fábrica e mostra o processo de produção da guloseima. A visão das altas chaminés de tijolos e o letreiro em neon faz qualquer um se lembrar da Fantástica Fábrica de Chocolate, mas sem os Umpa-Lumpas, o que tira todo o erotismo do cenário. Depois de ter o cérebro bombardeado com incessantes imagens e aromas de chocolate somos desembarcados – por coincidência, imagino eu - dentro de uma gigantesca loja de chocolates. Mesmo não gostando dos chocolates Hershey, que tem um retrogosto de estrume, fomos pavlovianamente enchendo uma cesta com as guloseimas, que provavelmente nos farão companhia até o final da viagem.
Mas não fomos até Hershey pelo chocolate. O objetivo era um jogo de hóquei no gelo entre o time local e os Sound Tigers de Bridgeport. Era um jogo da AHL, uma espécie de segunda divisão do esporte. Além de ter os ingressos mais baratos, costuma ser mais divertido, já que os atletas são menos estrelas e o clima do estádio é mais familiar.
Mas não fomos até Hershey pelo chocolate. O objetivo era um jogo de hóquei no gelo entre o time local e os Sound Tigers de Bridgeport. Era um jogo da AHL, uma espécie de segunda divisão do esporte. Além de ter os ingressos mais baratos, costuma ser mais divertido, já que os atletas são menos estrelas e o clima do estádio é mais familiar.
Melhor do que o jogo foi o comportamento da torcida. Nunca vi rebanho tão obediente. O placar mandava apoiar o time, eles gritavam ensandecidamente. Mandava vaiar o adversário e virava um “búúú” uníssono (porque aqui, o “bú” não é só onomatopéia. Eles vaiam assim mesmo). Sem os comandos do placar, ficavam todos assistindo ao jogo com um olhar bovino, só faltando a baba elástica. Terminamos o jogo empanturrados de gols – foram 11 no total, 6 do time local e 5 do adversário, sendo que o de desempate marcado a 40 segundos do fim. Nós de gols, o resto do público de pizzas, cachoros quentes, amendoins, pipocas, sorvetes e demais quitutes consumidos com voracidade nos dois intervalos da partida. Hóquei dá uma fome danada.
2 comentários:
qual time joga o Roenick?? lembra??
era meu predileto!
Jogava no Chicago Blackhacks. Mas acho que ele já se aposentou. Vive apenas em nossos corações...
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